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Académica-Naval, 3-0 (crónica)

«Harakiri» de Lupède termina com jejum de oito meses

A Naval voltou a ser amiga no «derby» com a rival de Coimbra. Acontece que a equipa da Figueira fora a última a proporcionar à Académica três pontos em casa e, volvidos oitos meses, não é que lhos entregou novamente? Desta vez, o resultado até foi mais gordo que o costume porque os estudantes tiveram muito tempo para o alimentar, tão cedo os navalistas resolveram abrir uma passadeira vermelha aos comandados de Jorge Costa. Um pouco à semelhança do que aconteceu no último encontro, com o Sporting, os figueirenses pagaram caro os erros e a Académica agradeceu, subindo, imagine-se, ao terceiro lugar!
Zvunka mexeu nos corredores laterais da defesa, depois da apática exibição frente aos de Alvalade, mas manteve a aposta na mesma dupla de centrais. Fez mal. Claro que agora é fácil falar mas depois daquela actuação desastrosa de Lupède, o voto de confiança do conterrâneo acabou por resultar num «harakiri» que se revelou fatal para equipa. Segunda grande penalidade cometida em dois jogos e, desta vez, sem contemplação do árbitro: cartão vermelho para o central natural da Guadalupe. Um galo de todo o tamanho, quando o jogo mal tinha passado do primeiro quarto de hora.

Com dez, a Naval teve de passar ao plano B, mais resguardada mas inegavelmente competente em termos de organização. Prova disso é que a equipa da casa pouco perigo criou pese a superioridade numérica. A melhor oportunidade após o golo foi, até, dos figueirenses, mas Peiser negou o golo por duas vezes no mesmo lance, para desespero de João Pedro e Godemèche. O guarda-redes francês, no primeiro reencontro com a antiga equipa, esteve, de resto, em bom plano ao longo da partida.
Jorge Costa tira «jokey» Fidalgo
A segunda parte não podia ter começado melhor para os da casa. Estava no banco o «jokey» de Jorge Costa e o jovem técnico lançou no momento exacto. Praticamente no primeiro lance em campo, Miguel Fidalgo elevou para 2-0 numa jogada em que a defesa navalista voltou a não se revelar espevita. O mesmo jogador falharia, pouco depois, o terceiro da Briosa, após um rasgo de Sougou pela direita.
A Naval há muito que não conseguia chegar à baliza e, quando o fez, lá estava Peiser para resolver. Perante isto, a Académica fazia o que queria do jogo, chegando facilmente ao 3-0, por intermédio de Berger, num petardo indefensável para Salin. A estas horas, já ninguém se lembrava da infelicidade de Lupède, quando tudo começou. Mas se a Naval fosse uma casa, o francês seria o pilar que afundou ao mais pequeno abano, fazendo ruir, aos poucos, todo o edifício.
Fonte: Mais Futebol

1 comentários:

Zé Pereira disse...

Toda a gente vê. Só o Sr. treinador é que anda de olhos tapados. Insistir naquela dupla de centrais e fazer algumas adaptações ridiculas, é de tolos.
Alguém tem de o ajudar a abrir os olhos.