Gorada a possibilidade de Augusto Inácio prosseguir com o projeto da época passada, Aprígio Santos delineou o perfil do novo técnico em apenas uma linha: capacidade para pensar 24 horas exclusivamente na Naval. E Victor Zvunka está próximo de cumprir o requisito.
Mesmo quando o plantel se treina apenas de manhã, a rotina de Zvunka não se altera. Desloca-se ao seu “espaço” no municipal Bento Pessoa, um local privilegiado para preparar os planos de treino e a observação dos adversários.
Com a mesma facilidade com que admite o desconhecimento em relação ao futebol português, também trabalha arduamente para corrigir esse problema. Daí que por diversas vezes já se tenha deslocado para poder observar, ao vivo, aqueles que virão a ser adversários no futuro.
A dedicação só não é total porque há uma coisa que Victor Zvunka não dispensa: a companhia da família. A mulher acompanha-o neste desafio, enquanto os filhos o visitam com regularidade. Até os amigos já viajaram para conhecer o novo “amor” do treinador francês.
As novas leis
Admiração e desconfiança. Victor Zvunka, treinador francês de 58 anos, está ainda entre estas duas realidades.
Se, por um lado, já ganhou o respeito de alguns pela forma como conseguiu pôr em prática novas ideias para o futebol da Naval, por outro, vive ainda sob a dúvida inerente ao desconhecimento que revela em relação ao futebol português.
Depois do sucesso alcançado enquanto jogador – continua a ser uma autêntica referência em Marselha, onde jogou a defesa-central durante sete anos consecutivos, tendo sido, inclusive, internacional A francês –, Zvunka iniciou a carreira de treinador ao serviço do Racing CF em 1984, onde orientou Rabat Madjer, nome grande e incontornável da história do FC Porto.
Natural de Ban-Saint-Martin, chegou à Naval depois de uma carreira consolidada na 2.ª Divisão francesa. O ponto mais alto aconteceu a 9 de maio de 2009, quando conseguiu vencer a Taça de França ao serviço do Guingamp.
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Fonte: Record
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