Photobucket

Orestes, o maratonista

Quando toca a alvorada em Nelas, todos sabem qual é o castigo imediato, às sete horas em ponto e, naturalmente, em jejum. Dia sim, dia não, ou até mesmo diariamente, o plantel da Naval sai para a rua bem cedo e desata a correr, percorrendo normalmente uma média de cinco quilómetros. Uma violência para quem costuma, à mesma hora, situar-se no segundo sono. Victor Zvunka já explicou que semelhante prática, a mesma que Jorge Jesus tem implementado durante o estágio do Benfica na Suíça, serve para "despertar" os atletas para o trabalho concreto (dos treinos) e, em última instância, prepará-los para o "sofrimento" de uma época desgastante.
Não é o mesmo que tortura chinesa, mas tem custado realmente, ou não fosse uma novidade para todos tanta carga de trabalho e, ainda por cima, sem nada no estômago. Perdão, todos não. Há uma excepção chamada Orestes. De regresso ao clube da Figueira da Foz (chegou domingo) para satisfazer as saudades da esposa, o médio brasileiro depressa surpreendeu, tanto os companheiros como o próprio treinador francês, pela frescura física que revela enquanto cumpre o tal suplício matinal. Pudera. Madrugar e correr como um desalmado eram coisas que o "reforço", ex-Hansa Rostok, aprendeu a fazer durante a sua passagem pela Alemanha.
Lá, no país da Bundesliga, os estágios eram mais longos (duravam 15 dias) e as distâncias percorridas raramente de situavam abaixo dos 16 quilómetros e, de preferência, a subir. De volta aos bizarros treinos de Zvunka, pode já avançar-se, em números redondos, que o conta quilómetros do plantel já andará pelos 40, isto na versão exclusivamente "footing" matinal; falta contabilizar, obviamente, os restantes (e não são poucos) coleccionados nos treinos realizados na relva e respectivas calorias queimadas. Nada que incomode Orestes, agora transformado também num sério maratonista. Para não variar, passou a manhã a correr, na companhia de José Mário, a recuperar de uma pancada, e a impressão que deixou é que até será capaz de o fazer, pleonasmos à parte, com uma perna às costas. Para o grupo ficar totalmente fechado, só falta Fábio Júnior, algures no Brasil e sem data marcada para se apresentar. Também ele terá de se apressar, se preferência, a correr, pois, caso contrário, terá à sua espera uma multa avultada, ao abrigo do regulamento interno do clube. Preso por mais dois anos de contrato, virou tema "tabu" entre a comitiva.


Jogo com Oliveirense marca fim do estágio

Está quase cumprida a primeira etapa da pré-época para a Naval. A equipa despede-se amanhã de Nelas para regressar à Figueira da Foz, mas antes da partida ainda medirá forças com a Oliveirense, da Liga de Honra, num jogo agendado para as 17h30. Será o primeiro jogo particular dos verdes e brancos, sendo previsível que Victor Zvunka coloque em prática o seu esquema táctico preferido (4x2x3x1). Para sábado, às 17h00, está marcado mais um teste, frente ao Beira-Mar, em Estarreja, estando igualmente previsto um terceiro jogo com a equipa do Sindicato dos Jogadores no dia 21 de Julho (quarta-feira), já na Figueira da Foz. No último dia do mês, será a vez de o Santa Clara, a estagiar em Quiaios, visitar o recinto da Naval. 

Fonte: O Jogo

0 comentários: