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CLUBE FIGUEIRENSE ASSINALA PASSAGEM DO 117.º ANIVERSÁRIO OLHANDO PARA O FUTURO

Remar contra a maré

Associação Naval 1.º de Maio. O nome escolhido não podia ter sido melhor, assim como o dia da fundação: 1 de maio de 1893, faz hoje 117 anos. De raiz operária, iniciativa de um grupo de homens humildes e ligados ao mar, nascer no Dia do Trabalhador simboliza aquilo que tem sido a história do clube mais representativo da Figueira da Foz e uma das mais antigas coletividades do país. Ao longo da centenária história, aNaval tem sabido crescer nas adversidades.
A construção de um novo estádio é uma das prioridades do atual presidente Aprígio Santos, assim como a criação de uma SAD para dar outro empurrão ao futebol, a mola real do clube atualmente. No escalão principal desde 2005/06, a Naval tem conseguido manter-se entre os grandes do futebol português, resolvendo a custo problemas de tesouraria que assolam a maioria dos emblemas em Portugal. E até já ganhou a fama de ser a única equipa, além dos três grandes (Benfica, FC Porto e Sporting), que nunca desceu de divisão desde que está no primeiro escalão.
Esta época, a equipa de futebol esteve a um passo de marcar presença na final da Taça de Portugal, o que seria uma prenda especial em mês de aniversário pelo ineditismo do feito. Mesmo assim, os figueirenses igualaram a proeza de 2002/03 quando atingiram as meias-finais da segunda prova mais importante do calendário e ainda esta temporada os pupilos de Augusto Inácio podem alcançar a melhor classificação de sempre do clube na 1.ª Liga (11.º lugar em 2007/08). A duas jornadas do fim, estão na 10.ª posição.

Presidente banheiro

Na sua fase inicial, a Naval, que sucedeu à extinta Associação Naval Figueirense, tinha por objetivo a prática de desportos náuticos, em especial o remo, modalidade pioneira, onde conquistou alguns dos seus grandes sucessos desportivos, como a Taça de Lisboa, em 1911. João da Encarnação, o primeiro presidente, era banheiro da Praia da Claridade.
Apesar de ter nascido com uma vertente náutica, onde a pesca desportiva também ocupava lugar de relevo, a Naval 1.º de Maio foi alargando as secções. Surgiu a natação, a patinagem, os pesos e halteres, a luta greco-romana, o basquetebol, o voleibol, o tiro, a esgrima, a dança, o atletismo, o ténis de mesa e, claro, o futebol, atualmente a modalidade mais representativa do clube figueirense.


Fonte: Record


Clube com ligação ao Mar
comemora 117 anos de vida


Associação Naval 1.o de Maio: Dia do trabalhador é também dia de aniversário do 3º clube mais antigo do país.
A Associação Naval 1.o de Maio comemora hoje 117 anos de existência. Sucedendo à extinta Associação Naval Figueirense, o clube mantém alguns dos símbolos que inspiraram a sua criação.
A sintonia com o Dia do Trabalhador, comemorada também no dia de hoje, levou a que “1.o de Maio” fizesse parte da designação escolhida para o clube. Com origem nos desportos de água, “Associação Naval” surgiu com naturalidade, num clube onde a Vela, a Canoagem, a Natação e, principalmente, o Remo, foram desportos com grande expansão no clube.
Com o passar do tempo, quis o destino que a Naval 1.o de Maio alargasse a sua oferta desportiva a outros desportos. O basquetebol, o futebol, o tiro, a luta greco-romana e o ténis-de-mesa foram outros dos meios de divulgação do nome do clube figueirense.
Para não deixar que a história caia em esquecimento, o emblema do clube mantém os símbolos de origem. Uma “âncora”, numa bandeira “à marinheira”, são marcas que vão preservando o passado do clube, hoje “verde e branco” mas que no passado até vestiu outras cores.

Do azul “monárquico” ao “verde e branco”
Foi após a Taça de Portugal de Remo, conquistada pela Naval 1.o de Maio em 1911, que o clube figueirense deliberou a alteração da cor dos equipamentos para o “verde e branco”.
Depois de vencer a consagrada prova em Lisboa, os remadores preparavam-se para ser aplaudidos pelas muitas pessoas que enchiam as margens do Rio Tejo. Só que, ao associarem as cores dos atletas navalistas ao regime monárquico que, um ano antes, tinha sido derrubado, os aplausos rapidamente deram lugares ao arremesso de pedras e insultos.
Recebidos efusivamente na Figueira da Foz, assim que a equipa chegou de comboio à cidade, foi decidida a alteração para o “verde e branco”, cores que se mantém quase 100 anos depois.

“Era Aprígio” marcada por incêndio e… sucessos
Eleito no dia 1 de Março de 1992, Aprígio Santos associa o seu nome, ao nome do histórico clube figueirense. Apesar dos muitos sucessos desportivos alcançadas, nem sempre a história foi feita de episódios felizes. O mais terrível aconteceu no dia 4 de Julho de 1997, quando grande parte do espólio foi destruída, devido a um incêndio na sede social do clube. Causando danos irreversíveis no futuro, esse dia é ainda hoje uma “mancha” na história do clube, que continua sem ter uma sede definitiva.
Um ano passou para que uma “pequena” alegria pudesse amenizar a dor sofrida após a perda da “história do clube”. Em 23 de Maio de 1998 a Naval subiu à 2ª divisão de honra, tornando-se na primeira equipa da Figueira da Foz a disputar um campeonato profissional.
Provando o crescimento desportivo nas últimas décadas, o clube viria a almejar a subida à primeira divisão no ano de 2005, após um empate sem golos em Varzim.
Depois dessa importante data, cinco épocas na divisão maior do futebol português, são a prova de que a consolidação da equipa no futebol português está a ser conseguida. O melhor que conseguiu foi o décimo primeiro lugar, na temporada de 2007/2008, um recorde que até pode ser batido no final desta temporada…

Temporada 2009/2010
Época onde (quase) todos os recordes podiam ter sido batidos
Analisar a temporada 2009/ /2010 da Naval, na Liga Sagres, é… fácil. A equipa conseguiu conquistar cedo o grande objectivo da temporada, a manutenção na divisão maior do futebol português, lutando agora pela melhor classificação de sempre nesta competição, marca que está prestes a alcançar.
Muito mais complicado de ser analisado é o percurso na Taça de Portugal. Apesar de todos os sucessos alcançados, durante a temporada que agora termina, é impossível desassociar o momento actual da equipa da eliminação na “prova rainha”, perante o Desportivo de Chaves.
Assumido por todos como um grande “sonho”, a presença no Estádio do Jamor era (ainda) mais do que isso para… Aprígio Santos. Depois de ter perdido essa oportunidade na temporada 2002/2003, tendo sido eliminado nas meias-finais pelo F. C. Porto, a Naval teve, no passado dia 13 de Abril, oportunidade de “ouro” para ganhar “passaporte” para a grande final. Mas, depois da derrota em Chaves, a equipa figueirense voltou a perder (2-1) …
Esta foi uma “nuvem negra”, numa temporada de grandes sucessos. Com a manutenção matematicamente alcançada à 27ª jornada, o objectivo passa agora por conseguir um lugar de destaque na tabela classificativa. Até agora, o melhor que a equipa figueirense conseguiu foi o 11º lugar, “meta” que a equipa treinada por Augusto Inácio quer melhorar.
Depois de Inácio ter sucedido a Ulisses Morais, técnico que começou a temporada na Figueira da Foz, mudando-se posteriormente para Paços de Ferreira, a equipa “verde e branca” conseguiu fases bastante positivas, como é exemplo os cinco jogos sem perder, entre 15 de Janeiro e 12 de Março.
Para a época terminar, faltam apenas duas jornadas. Amanhã a Naval desloca-se a Alvalade, onde tem jogo marcado para as 20h15, e na derradeira jornada recebe a Académica. Depois da derrota com o Braga, no passado fim-de-semana, o objectivo passa por terminar a época com bons resultados. É que, também no futebol, a última imagem é que fica…

Aprígio Santos: “O futuro da Naval começa Hoje”
Mais de 700 pessoas estiveram ontem presentes na ceia navalista, comemorativa do 117.o aniversário da Associação Naval 1.o de Maio. Este foi um recorde de “assistência” num aniversário do clube figueirense, sinal de que, segundo Aprígio Santos, «a Naval está preparada para o futuro».
Num discurso muito aplaudido, o presidente navalista começou por recordar que «há cinco anos atrás a Naval conseguiu a subida à primeira divisão», motivo pelo qual, refere Aprígio, «eu era o homem mais alegre deste mundo». A data foi recordada, enquanto surgia também o agradecimento ao actual plantel e equipa técnica, «que está prestes a conseguir a melhor classificação de sempre».
Se em anos passados o discurso do presidente foi pautado por lamentos em relação às condições com as quais o clube tinha de viver, este ano a história foi outra: «Hoje não vai haver discurso de lamúrias e lamechices sobre o que devíamos ter e não temos», referiu Aprígio.
«Esta noite é um discurso de que o futuro começa hoje», avisou o líder navalista, assumindo depois que «antes do jantar foi discutido e assumido que as condições de trabalho vão melhorar», revelou com entusiasmo, enquanto se dirigia aos cerca de sete centenas de convidados e simpatizantes do clube.
Presente na cerimónia esteve João Ataíde, presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, num claro sinal de estreitamento nas relações entre o clube e a autarquia. As “metas” que o clube pretende alcançar são já antigas. A construção de um novo estádio e uma nova sede são as “bandeiras” de Aprígio Santos, que vive agora momentos de maior optimismo em relação ao passado recente.
Federação Portuguesa de Futebol, Associação de Futebol de Coimbra, Federação Portuguesa de Basquetebol, Federação Portuguesa de Remo e o Sporting de Braga, foram outras das entidades presentes no evento, assim como representantes da Liga Portuguesa de Futebol, da Assembleia da República, da Assembleia Municipal, dos jornais da região e também Henrique Fernandes, Governador Civil de Coimbra.
Tal como aconteceu no ano passado, foram entregues alguns diplomas e emblemas de Prata – correspondentes a 25 anos de associados do clube – e de Ouro – para quem cumpriu 50 anos de sócio.

Fonte: Diário de Coimbra

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