Um dos lugares em aberto - ou não, Ulisses o dirá - poderá residir na baliza, onde a concorrência é forte e o mínimo deslize pode custar a titularidade. Pelo menos na última época, o técnico navalista promoveu grande rotação entre os postes, alternando consoante as exibições menos conseguidas de Taborda e Wilson Júnior.
Esta época, Jorge Batista partiu na frente, mas à quinta jornada, frente ao Belenenses, uma lesão obrigou-o a ceder o lugar a Romuald Peiser, que não mais o largou. Os dois estão, assim, rigorosamente empatados em jogos (4) e minutos (360) na Liga, assim como nas outras provas: o português fez dois encontros na Taça da Liga, o francês outros tantos para a Taça de Portugal.
Quem jogar no próximo sábado vai ficar em vantagem e a questão é perceber se, para o técnico, o primeiro golo sofrido por Peiser frente ao Paços pode justificar nova mexida na guarda das redes. Em declarações ao Maisfutebol, o visado considera que não: «É uma questão para colocar, obviamente, ao treinador. Ele é soberano e escolhe quem acha melhor. O que eu sei é que continuo a ter a sua confiança. Vi o golo na televisão e penso que não há falha da minha parte. Afinal, não foi um remate a 50 metros que me passou entre as pernas! Há mérito do avançado, que colocou muito bem a bola.»
O guarda-redes navalista admite, ainda assim, que não estaria colocado da melhor forma, mas explica que, por vezes, um segundo pode fazer toda a diferença: «O sol também me perturbou, a bola não entrou mesmo ao meio, mas sobre a esquerda, muito chegada à trave. Claro que se estivesse uns dois metros atrás era capaz de a apanhar, mas no futebol há que tomar decisões rápidas. As vezes saem bem, outras não. Se estivesse sobre a linha de golo, se calhar, a bola seria metida para um dos postes e aí toda a gente perguntaria o que eu estava a fazer ali. Sinceramente, não me afectou e a prova é que disse presente na segunda parte, defendendo o que era preciso. Se tivesse sido o Cristiano Ronaldo a marcar o golo, toda a gente diria: fantástico! Não diriam que foi erro do guarda-redes.»
«Tomara a outros ter os problemas do Sporting»
Peiser já teve oportunidade de defrontar o Benfica (derrota, por 2-1, na Luz) e o F.C. Porto (vitória, na Figueira, por 1-0) e quer, por isso, completar o puzzle com a peça que falta. «Estes são os melhores jogos, que todos os jogadores querem jogar. Temos oportunidade de nos bater contra atletas internacionais e de brilhar», confessa o guardião.
Do adversário de sábado, rejeita linearmente que esteja a atravessar um período de crise, depois da derrota caseira com o Leixões, e explica porquê: «O campeonato é longo e o Sporting é uma grande equipa. A prova disso é que está qualificado para os 16 ávos-de-final da Liga dos Campeões. Tomara a algumas equipas ter os problemas do Sporting.»
Afável, o francês, que já domina a língua de Camões, aproveita a insistência do Maisfutebol para esclarecer como deve ser pronunciado o seu nome: «É Pêzérre!» Pronto, acabaram-se as dúvidas.
Força Naval amos ganhar no Sabado.
Fonte: MaisFutebol com alterações de "onavalista"
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