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Naval-Rio Ave, 0-1 (crónica)

Experiência vila-condense mandou a Naval ao fundo 

A Naval vai de mal a pior e, diante de um concorrente directo, à frente do qual chegou a estar nas primeiras jornadas, afundou-se por completo não se vislumbrando quaisquer sinais de melhoras para os próximos tempos.

Num jogo decisivo, a turma da Figueira claudicou e ajudou o Rio Ave a somar o sexto jogo consecutivo invicto, quatro a contara para o campeonato.

Este foi o sexto encontro de Rogério Gonçalves à frente da equipa, igualando o número de partidas de Zvunka. O francês obteve quatro pontos, enquanto o sucessor apenas conseguiu um, num empate em casa com o Olhanense.

Se o critério for o mesmo e atendendo ao calendário teoricamente mais acessível desde a mudança de técnico, o chicote pode voltar a estalar em breve.

A derrota navalista não pode explicar-se apenas pela eficácia ou falta dela. A forma macia como a Naval abordou o jogo, sem correr riscos e parecendo preferir esperar por alguma coisa, talvez pela segunda parte, para decidir o jogo.

Quando deram por isso, os comandados de Rogério Gonçalves já estavam a perder e, depois daí, tudo se tornou mais complicado para uma equipa sem confiança, carregada de ansiedade e desconfiada até da própria sombra.

Um livre a pregar no deserto

Os figueirenses abusaram dos lances de bola parada, fomentaram o futebol aéreo, mas foram pelo pior caminho. A experiência de Gaspar, Paulo Santos e companhia chegava e sobrava para uma Naval desejosa de pontos mas confusa, desarticulada e sem chama.

Com excepção de um cabeceamento de Godemèche com direito a defesa para a fotografia do antigo internacional português, o máximo que os figueirenses conseguiram foi fazer umas cócegas à defesa vila-condense.

Do outro lado, a qualidade não era muito melhor mas a responsabilidade, logicamente, também não era a mesma. Num lance de ressaltos, o Rio Ave até poderia ter aberto o activo mas Orestes devolveu a bola sobre o risco de golo.

A sorte que acompanhou a equipa da casa nesse lance foi arredia no livre de Bruno Gama mas a execução do jovem extremo foi tão boa que a bola só poderia acabar dentro da baliza de Salin.

Figueirenses de cabeça perdida

A Naval tentou reagir mas a quebra anímica sempre que sofre um golo voltou a tolher o discernimento dos jogadores. O intervalo ajudou a meter a cabeça no lugar, Fábio Júnior, sempre ele, causou calafrios a Paulo Santos e passou a haver um pouco mais de futebol na partida.

Pelo meio, o Rio Ave voltou a revelar-se perdulário, num lance de João Tomás, que ficou a uma nesga de resolver o jogo, tal como Bruno Gama pouco depois.

Na ânsia de chegar ao empate os donos da casa lançavam-se ao ataque, destapando-se na defesa mas por mais que tivesse tentado, João Tomás não conseguiu marcar pelo quarto jogo consecutivo na Liga.

O veterano avançado teve, ainda assim, um último papel na partida ao «arrancar» o cartão vermelho a Alex Hauw, afundando, de uma vez por todas, as esperanças navalistas. Curiosamente, outro francês, Godemèche, ainda haveria de ir para rua, no primeiro jogo depois de um mês de ausência. Uma equipa de cabeça perdida... 
 

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