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Mozer crê que é mesmo possível

Confiança, união, rigor. Várias vozes do balneário da Naval coincidem ao apontar estes três predicados para explicar o que mudou com Mozer para permitir ao último classificado da Liga arrancar o segundo triunfo da prova, a fechar uma primeira volta desastrosa. A estreia do treinador reflecte a atitude que pediu aos jogadores para salvar uma época que recusa dar como perdida. Com a vitória em Guimarães e a derrota do Rio Ave, a permanência está a seis pontos.
Mozer confessou, no final dos primeiros 90 minutos como treinador principal no campeonato português, que "um pontinho" no D. Afonso Henriques já teria sabor a prémio para a Naval, de visita à casa do quinto classificado, da qual ainda ninguém saíra vencedor e onde também esteve a perder. Ao intervalo prevalecia o domínio vimaranense, sublinhado por um grande golo de João Alves, mas Mozer manteve tudo o que dissera durante a semana e ainda acrescentou: "Temos de acreditar. Vocês vão ver, no final, que vamos sair com um resultado positivo." Quando todos regressaram ao balneário, a equipa tinha-lhe dado razão. "Quando se crê, é possível", rematou, conquistando, porventura em definitivo, um balneário que acolheu bem esta figura. Aos 50 anos, o estatuto de Mozer enquanto treinador é precedido pelo currículo como futebolista. Internacional brasileiro, conquistou os adeptos do Benfica precisamente pela entrega que inspira também nos jogadores da Naval.
Durante a primeira semana de trabalho na Figueira da Foz, à porta fechada - herdou um grupo unido, mas conseguiu tornar os laços dentro dele ainda mais sólidos, acrescentando-lhes a confiança na permanência -, insistiu na motivação do plantel, que fala a linguagem dele. As palestras foram curtas, mas incisivas. O discurso é preciso, como se espera da intervenção de um antigo defesa-central. Mozer foi repetindo o que a Naval precisava de ouvir até acreditar: que se pode dar sempre mais - e assim fugir à despromoção.

Fonte: O Jogo

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