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Trofense 2-2 Naval - Crónica


Confronto de aflitos no Estádio do Trofense, com três pontos em disputa que ganham outra dimensão à medida que as jornadas passam e o tempo para garantir a manutenção encurta. Foi o empate, no entanto, que prevaleceu no final.

O Trofense partia mais «apertado» à entrada para esta 18ª jornada, com apenas 13 pontos, mesmo acima da linha-de-água. Os adeptos exigiam uma vitória contra um rival directo, depois dos bons resultados contra os três grandes e o surpreendente Leixões, e da desilusão frente ao também aflito P. Ferreira.

No 10º lugar, a Naval entrava em campo mais segura, mas com o peso de três derrotas consecutivas, a última delas bem pesada, em casa, contra o Nacional, por 0-4.

Tulipa foi obrigado a mudar devido à ausência de Delfim, castigado, um jogador fulcral no meio-campo dos homens da Trofa. Do outro lado, Ulisses Morais podia queixar-se da falta de Hauw, suspenso, e de Godemeche, lesionado, mas podia sorrir com o regresso tão esperado de Lazaroni, assim como de Daniel Cruz e Marcelinho.

O «velhinho» Rui Borges foi determinante

Surpreendeu mais o treinador do Trofense, colocando Charles Chad de início, fazendo um triângulo temível com Reguila e Hélder Barbosa.
No entanto, o extremo do F. C. Porto não está, claramente, nas melhores condições físicas e, depois de algumas tentativas infrutíferas, acabou mesmo por ser substituído.

Mas já lá vamos, porque antes já a Naval estava em vantagem.

Aos 22 minutos, na marcação de um livre indirecto frontal, mas a muitos metros da baliza do Trofense, Daniel Cruz deixou para Diego Ângelo e o central rematou muito forte para o fundo das redes.

Paulo Lopes ficou pregado ao chão, tentando desviar a bola com o olhar, mas não havia nada a fazer. O central da Naval, que deverá estar de saída para o estrangeiro, tinha a melhor despedida possível.
Ao ver que a sua equipa não conseguia travar o ímpeto do ataque navalista, Tulipa mexeu e fez entrar Rui Borges, uma substituição que viria a ser determinante no desenrolar da partida. Antes, porém, Marinho fazia o segundo da Naval, depois de uma jogada de ataque perfeita dos três homens da frente.

A Naval parecia ter o jogo completamente controlado, mas eis que surge Valdomiro, o central goleador, a fazer o quarto da sua conta pessoal esta época, reduzindo e dando o mote para uns últimos minutos da primeira parte alucinantes. Ainda estamos para perceber como é que, aos 41 minutos, a bola não entrou na baliza de Peiser, depois do mesmo Valdomiro ter rematado duas vezes ao poste.

Eficácia a menos no Trofense, ambição a menos na Naval .

Dos balneários regressou um Trofense ainda mais determinado, com Hugo Leal a assumir a batuta. Aos 58 minutos, um grande passe do médio renascido na Trofa desmarcou Rui Borges, que, com um remate cruzado sem hipóteses, fez a igualdade e deixou os adeptos trofenses em êxtase.

Os treinadores mexeram muito à medida que os minutos passavam, mas o empate parecia predestinado a duas equipas que falharam em ambição, no caso da Naval, e em eficácia, no caso do Trofense.

No final, soube a pouco a divisão de pontos, tanto de um lado como do outro. À Naval, porque esteve a vencer por dois golos, mas não foi capaz de segurar uma vantagem que parecia confortável. E ao Trofense, porque, com uma reacção tão positiva, até merecia mais.

1 comentários:

Anónimo disse...

Um pontinho muito importante para os objectivos a Naval. Jogou mal? Não interessa, Trouxe o precioso ponto. Se com o Braga empatarmos, melhor ainda