Para que um jogo entre "iguais" termine com um desnível de quatro golos é preciso que se conjuguem uma série de factores. Curiosamente, neste jogo não foi preciso uma exibição particularmente inspirada da equipa ganhadora para ajudar à goleada. O Nacional limitou-se a ser igual a si próprio e esperar que a Naval estivesse muito abaixo do que é costume. Em suma, e perante uma goleada fora, a equipa de Manuel Machado conseguiu encantar, mas não foi propriamente preciso vestir o melhor fato.
A Naval apresentou-se em campo sem poder contar com alguns dos habituais titulares, o que já por si lhe concedia o estatuto de "outsider" na discussão do jogo perante um candidato europeu. A juntar a isto, Ulisses Morais montou um esquema de três centrais para o qual a equipa não estava rotinada e desde o primeiro minuto que se notou algum desnorte nos navalistas, especialmente a defender. A prova disso é que quando inaugurou o marcador ao minuto 15, Nené já tinha visto colegas seus desperdiçarem três ocasiões soberanas.
Depois de dar um golo e um quarto de hora de avanço, o técnico navalista percebeu bem que aquela espécie de 3x5x2 não dava e o 4x3x3 equilibrou a contenda. E o facto é que, mesmo sem ter feito muito por isso, a Naval beneficiou de uma grande penalidade instantes depois da mutação táctica; o problema é que Alex Hauw não converteu o penálti que ele próprio havia ganho. E para agravar as coisas, Nené bisou logo a seguir, levando novamente a melhor no duelo desigual que travou com Diego Ângelo. Foi um rude golpe psicológico para os visitados, que compreensivelmente não conseguiram reentrar na discussão do jogo.
Com o jogo decidido antes do minuto 30, o que se viu daí para a frente foi uma Naval transpirada, mas desinspirada e um Nacional que sabe bem os terrenos que pisa, seja a jogar no tal 3x5x2 que tão mal funcionou com os figueirenses, seja num losango cheio de dinâmica. A goleada surgiu naturalmente, não por falta de atitude de quem perdeu, mas porque quem ganhou foi excessivamente melhor.
Naval 0-4 Nacional
Estádio Municipal José Bento Pessoa
relvado razoável
713 espectadores
Árbitro Luís Reforço (AF Setúbal)
Assistentes Nuno Roque e João Pedro Ferreira
4º árbitro Paulo Rodrigues
Naval
A Naval apresentou-se em campo sem poder contar com alguns dos habituais titulares, o que já por si lhe concedia o estatuto de "outsider" na discussão do jogo perante um candidato europeu. A juntar a isto, Ulisses Morais montou um esquema de três centrais para o qual a equipa não estava rotinada e desde o primeiro minuto que se notou algum desnorte nos navalistas, especialmente a defender. A prova disso é que quando inaugurou o marcador ao minuto 15, Nené já tinha visto colegas seus desperdiçarem três ocasiões soberanas.
Depois de dar um golo e um quarto de hora de avanço, o técnico navalista percebeu bem que aquela espécie de 3x5x2 não dava e o 4x3x3 equilibrou a contenda. E o facto é que, mesmo sem ter feito muito por isso, a Naval beneficiou de uma grande penalidade instantes depois da mutação táctica; o problema é que Alex Hauw não converteu o penálti que ele próprio havia ganho. E para agravar as coisas, Nené bisou logo a seguir, levando novamente a melhor no duelo desigual que travou com Diego Ângelo. Foi um rude golpe psicológico para os visitados, que compreensivelmente não conseguiram reentrar na discussão do jogo.
Com o jogo decidido antes do minuto 30, o que se viu daí para a frente foi uma Naval transpirada, mas desinspirada e um Nacional que sabe bem os terrenos que pisa, seja a jogar no tal 3x5x2 que tão mal funcionou com os figueirenses, seja num losango cheio de dinâmica. A goleada surgiu naturalmente, não por falta de atitude de quem perdeu, mas porque quem ganhou foi excessivamente melhor.
Naval 0-4 Nacional
Estádio Municipal José Bento Pessoa
relvado razoável
713 espectadores
Árbitro Luís Reforço (AF Setúbal)
Assistentes Nuno Roque e João Pedro Ferreira
4º árbitro Paulo Rodrigues
Naval
Treinador Ulisses Morais
16 Peiser GR 4
3 Paulão DC 4
4 Fabrício Lopes DC a INT 3
66 Diego Ângelo DC 3
7 Carlitos LD 4
15 Alex Hauw MD 5
19 Baradji MD 4
13 Igor LE a INT 3
10 Dudu MO 6
77 Marinho AV a 69' 4
18 Bolívia AV 4
-
1 Jorge Batista GR
83 Real DC
25 Godemèche MD
45 Camora AE
70 Davide AD d INT 3
11 Tiago Freitas AV d 69' 3
9 Michel Simplício AV d INT 4
-
amarelos 14' Fabrício Lopes; 47' Dudu; 89' Alex Hauw
remates à baliza 3 [2+1] remates fora 6 [2+4] faltas cometidas 12 [5+7]
pontapés de canto 5 [3+2] foras-de-jogo 2 [2+0]
Nacional
Treinador Manuel Machado
1 Rafael Bracalli GR 5
33 Maicon DC 6
3 Felipe Lopes DC 6
6 Cléber DC 6
2 Patacas LD 6
43 Luís Alberto MD a 78' 6
5 Alonso AE 8
8 Bruno Amaro MO a 55' 6
14 Ruben Micael MO 7
20 Mateus AV 6
18 Nené AV a 82' 8
-
12 Douglas GR
49 Igor Pita DC
26 Edson MD
7 Juliano MO d 78' 4
30 Leandro Salino MO d 55' 5
16 Miguel Fidalgo AV
19 Fabiano Oliveira AV d 82' 3
-
Golos [0-1] 15' Nené; [0-2] 27' Nené[0-3] 73' Ruben Micael, [0-4] 90'+1' Mateus
amarelos 22' Alonso; 90'+1' Leandro Salino
remates à baliza 7 [3+4] remates fora 7 [6+1] faltas cometidas 13 [6+7]
pontapés de canto 2 [1+1] foras-de-jogo 3 [2+1]
Fonte: O Jogo
1 comentários:
De fa(c)to os sistemas de explanação matemática têm o seu significado,mas cuidado..
Eles nada valem se a tal conjugação de factores não surgir na sua planitude.
Assim e de forma muito sintética,direi que o enquadramento do Fabrício foi inadequado fundamentalmente pelas caractrísticas que tem como jogador e não pela disposição táctica.
Por exemplo o Baradji andou perdido na primeira parte, porque estava por força do posicionamneto do Fabício em zonas que não lhe eram favoráveis,e por isso andava em desgaste constante entre atacar e defender(aliás como aconteceu com o Igor..),nunca encontrando o folgo nem serenidade para uma distribuição de jogo consentãnea com as necessidades da equipa.
Resumindo,a colocação errada das peças na escolha de um sistema táctico é muito importante,até pelo encaxe com o adversário,mas atenção,outros factores como por exemplo a postura e a atitude podem mandar qualquer sistema "ás malvas"e pouco interessa escolher um ou outro qualquer.
Por isso senhor Dãmaso queira reflectir no que acabei de escrever, e da próxima vez(ex.na TROFA..),vai ver que naquelas condições "reduzidas" é preciso preveligiar e sobrevalorizar os factores de índole psicológica,como o espírito de luta,controle emocional,sentido prático e capacidade de sofrimento.
Acredite no que lhe digo,sabe porquê?Porque eu já lá andei e não perdi o vício de amar o futebol conforme a minha reflexão me diz que o faça ,mas klaro partindo sempre da base dita científica,como o meu caro o está fazer.
É apenas uma achega ,não leve a mal e olhe...se vir que é tanga apague estes conceitos da sua memória,afinal tem todo o direito e até o dever de o fazer face á sua consciência como ser humano,naturalmente com personalidade construída por si.
O Comentador
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