A Carreira de Tiro Municipal da Figueira da Foz foi hoje demolida sob responsabilidade do Ginásio Clube Figueirense, instituição a quem o terreno foi doado em 2004 pela autarquia, para construção de uma piscina.
A Naval 1º de Maio, clube que reclama ser há várias décadas utilitária única daquele equipamento, contestou o processo de demolição, considerando tratar-se de "um atentado ao Desporto", tomando como alvo a Câmara Municipal da Figueira da Foz.
Na sequência da doação por parte da Câmara Municipal ao Ginásio Figueirense do terreno onde estava implantada a Carreira de Tiro Municipal, a Naval tem tentado fazer valer aquilo que entende serem os seus direitos em tribunal.
Depois de ter sido dada razão ao Ginásio Figueirense por duas vezes, decorre agora novo processo judicial, intentado pela Naval, no Tribunal Judicial da Figueira da Foz.
O presidente do Ginásio, José Tomé, contactado pela Lusa afirmou o clube "iniciou hoje o processo de demolição face ao Alvará de Licença de Demolição de que é detentor e dentro dos prazos impostos pelo mesmo".
Por seu turno, Nuno Mateus, jurista da Naval, criticou o procedimento, afirmando que "foi executado sem qualquer Edital que avisasse publicamente o início da demolição da estrutura, o que é manifestamente ilegal" e questionou a existência do alvára.
"Onde está o relatório de medição de resíduos de chumbo, processo considerado obrigatório para a passagem do Alvará?", questionou. "Existem estudos que comprovam que o chumbo de bala é considerado um metal dos mais perigosos. Naquela estrutura pratica-se tiro há cerca de cinquenta anos", acrescentou.
O representante do clube navalista questionou ainda se "não existirá uma vontade de escamotear a existência desses mesmos resíduos", sublinhando que "o terreno onde está implementada a Carreira de Tiro está transcrito na 1ª Conservatória Predial da Figueira da Foz como sendo um terreno de cultura e pinhal".
O dirigente navalista reiterou que este processo "não visa o Ginásio Figueirense ou a construção de qualquer piscina, apenas um direito inquestionável que assiste à Naval de defender os seus atletas e uma modalidade de grande tradição no clube".
Contactado pela Lusa, o chefe de gabinete do presidente da Câmara Municipal e responsável pela área do Urbanismo garantiu que "a demolição está licenciada".
Por último, João Costa, atirador Olímpico que representa a Naval, diz que a sua carreira pode estar em causa: "Estou no velório de uma instalação desportiva e quem sabe da minha carreira".
"Lamento a falta de palavra de quem prometeu que esta carreira não seria demolida sem estar outra erguida. Depois de três anos a dominar o Ranking Mundial de Tiro, nunca pensei que isto me fosse acontecer", expressou.
Fonte: O Jogo
A Naval 1º de Maio, clube que reclama ser há várias décadas utilitária única daquele equipamento, contestou o processo de demolição, considerando tratar-se de "um atentado ao Desporto", tomando como alvo a Câmara Municipal da Figueira da Foz.
Na sequência da doação por parte da Câmara Municipal ao Ginásio Figueirense do terreno onde estava implantada a Carreira de Tiro Municipal, a Naval tem tentado fazer valer aquilo que entende serem os seus direitos em tribunal.
Depois de ter sido dada razão ao Ginásio Figueirense por duas vezes, decorre agora novo processo judicial, intentado pela Naval, no Tribunal Judicial da Figueira da Foz.
O presidente do Ginásio, José Tomé, contactado pela Lusa afirmou o clube "iniciou hoje o processo de demolição face ao Alvará de Licença de Demolição de que é detentor e dentro dos prazos impostos pelo mesmo".
Por seu turno, Nuno Mateus, jurista da Naval, criticou o procedimento, afirmando que "foi executado sem qualquer Edital que avisasse publicamente o início da demolição da estrutura, o que é manifestamente ilegal" e questionou a existência do alvára.
"Onde está o relatório de medição de resíduos de chumbo, processo considerado obrigatório para a passagem do Alvará?", questionou. "Existem estudos que comprovam que o chumbo de bala é considerado um metal dos mais perigosos. Naquela estrutura pratica-se tiro há cerca de cinquenta anos", acrescentou.
O representante do clube navalista questionou ainda se "não existirá uma vontade de escamotear a existência desses mesmos resíduos", sublinhando que "o terreno onde está implementada a Carreira de Tiro está transcrito na 1ª Conservatória Predial da Figueira da Foz como sendo um terreno de cultura e pinhal".
O dirigente navalista reiterou que este processo "não visa o Ginásio Figueirense ou a construção de qualquer piscina, apenas um direito inquestionável que assiste à Naval de defender os seus atletas e uma modalidade de grande tradição no clube".
Contactado pela Lusa, o chefe de gabinete do presidente da Câmara Municipal e responsável pela área do Urbanismo garantiu que "a demolição está licenciada".
Por último, João Costa, atirador Olímpico que representa a Naval, diz que a sua carreira pode estar em causa: "Estou no velório de uma instalação desportiva e quem sabe da minha carreira".
"Lamento a falta de palavra de quem prometeu que esta carreira não seria demolida sem estar outra erguida. Depois de três anos a dominar o Ranking Mundial de Tiro, nunca pensei que isto me fosse acontecer", expressou.
Fonte: O Jogo
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