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Beira Mar-Naval, 3-1 (crónica)



Aveirenses não são boa vizinhança


O Beira Mar voltou às vitórias dois meses depois do último, e até este jogo único, triunfo, diante da Académica, também em casa. Os aveirenses arriscam-se a ser campeões dos derbies da zona centro porque, depois de vencerem os estudantes, conseguiram agora três pontos diante de outros vizinhos, neste caso da Figueira da Foz. Os auri-negros aproveitaram, assim, mais um balão de oxigénio que lhes permite consolidar-se na tabela classificativa às custas dos rivais do litoral, cada vez mais últimos.

Rogério Gonçalves começa a perder a oportunidade de capitalizar os efeitos galvanizadores da chicotada psicológica uma vez que já conta com três jogos à frente da equipa e igual número de derrotas. Como é tantas vezes comuns nestas situações,a equipa até consegue mostrar alguns sinais positivos mas, à mínima contrariedade, desmorona-se e fica à mercê do adversário. Neste caso, Leonardo Jardim percebeu a fragilidade e deu ordem para a equipa carregar logo a seguir ao primeiro golo. Resultado:o segundo não tardou e, com isso, a vitória ficou encaminhada para os da casa.

A Naval viria, ainda assim, a encurtar a vantagem no início da segunda parte, empurrada pelo recém-entrado Marinho mas não conseguiu, depois, dar o passo seguinte. Com a expulsão de Kanu, quase no final, ainda se pensou que os navalistas conseguiram alguma coisa da partida, mas Wilson Eduardo, estava guardado no banco para resolver o jogo, já nos descontos.

Intranquilidade e erros


A história deste jogo é simples. Os forasteiros até vieram com a lição bem estudada, arrumados e rápidos no ataque mas, com o passar do tempo, foram abrindo brechas e aos donos da casa bastou aproveitar os efeitos nefastos da ansiedade em que vive a equipa navalista.

O primeiro golo surge a partir de uma grande penalidade cometida por Camora, ele que, curiosamente, jogou este domingo numa posição diferente da habitual, como médio defensivo. Artur abriu o activo, seguindo-se uma avalancha ofensiva aveirense perante a incapacidade dos forasteiros em conseguir, sequer, sair do seu meio-campo. Não que a pressão do Beira Mar fosse sufocante, nada disso. Os figueirenses é que falham passes atrás de passes, tornando tudo mais fácil para quem tinha de defender.

O segundo golpe na alma navalista surge num lance emblemático do estado desta equipa. A Naval beneficiava de um canto e até conseguiu criar perigo mas desconcentra-se e, num ápice, Tatu surge isolado na frente de Salin. O francês ainda defendeu à primeira mas, à segunda, nada pôde fazer.


Do banco vieram os melhores momentos

A troca de Daniel Cruz por Marinho trouxe mais vivacidade aos figueirenses e Leonardo Jardim teve de ir buscar um central, Yohan Tavares, especialmente para o vigiar, não fosse o diabo tecê-las. Mas a alteração não surtiu os efeitos desejados. O Beira Mar estava agora mais expectante, tentando gerir e ver o que o adversário podia fazer, sem correr grandes riscos. Acabou por pagar caro a postura, pois a Naval, depois de algumas ameaças, conseguiu reduzir a desvantagem por Edivaldo.O jogo entrou numa nova dimensão, com a equipa de Rogério Gonçalves a procurar, a todo o transe, chegar ao empate perante um Beira Mar que continuava mais cerebral e calculista, como se tivesse esquecido tudo o que de bom fizeram nos primeiros 45 minutos. A Naval ameaçava mas o resultado não saia do 2-1 até que veio o epílogo, com a expulsão de Kanu e o cerrar de fileiras por parte dos anfitriões. Mas não foi preciso esperar muito, também vindo do banco, Wilson Eduardo voltou a colocar a vantagem em dois golos para a sua equipa, já nos descontos. 

Fonte: Mais Futebol

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