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Naval 0 - 1 Vitória de Setúbal ( 5ª Jornada)

Ficha de Jogo

Jogo no Estádio Municipal José Bento Pessoa, na Figueira da Foz.

Naval - Vitória de Setúbal, 0-1

Intervalo: 0-1

Marcadores:

0-1, Kasmierczak, 27

Equipas:

- Naval: Peiser, Carlitos, Gómis, Diego, Daniel Cruz, Lazaroni (Tandia 69), Davide (Kerrouche 45), Godemèche, Alex Hauw, Marinho e Bolívia (Camora 75)

(Suplentes: Jorge Batista, Tiago Rannown, Lupède, Baradji, Tandia, Gómis, Kerrouche e Camora)

- Vitória Setúbal: Nuno Santos, Alan (Rui Fonte 68), Zoro, André Pinto, Ruben Lima, Djikiné, Álvaro Fernandez (Joãozinho 58), Kazmierczak, Luís Carlos, Hélder Barbosa (Bruno Monteiro 80) e Keita.

(Suplentes: Mário Felgueiras, Regula, Lourenço, Zarabi, Bruno Monteiro, Rui Fonte e Joãozinho)


Árbitro: Marco Ferreira, Madeira.

Acção disciplinar: cartão amarelo para Zoro (36), Carlitos (42, 51), Daniel Cruz (45), Alan (47), Hélder Barbosa (59), Peiser (82), Godemèche (84). Cartão vermelho, por acumulação, para Carlitos (51)

Assistência: 1043 Espectadores.



A Figueira da Foz é chão sagrado para o V. Setúbal. Em tempos de crise, nada melhor do que uma visita ao terreno da Naval. Os sadinos aprenderam ali a ser felizes. Foi no Estádio José Bento Pessoa que garantiram num passado recente uma subida e duas manutenções dramáticas; foi ali, este domingo, que venceram pela primeira vez na Liga 2009/10.

Venceram sem saber muito bem como, é verdade. Venceram com um golo, um grande golo, apontado por Kazmierczak na marcação de um livre directo. O polaco, que se arrasta numa deplorável condição física, desequilibrou este pobre jogo a favor dos sadinos. Do resto, encarregaram-se Carlitos - expulso de forma indesculpável aos 54 minutos e os seus desinspirados companheiros.

Ao Vitória fez bem esta visita à sua Meca futebolística. Numa espécie de retiro espiritual, recuperou a alma e o equilíbrio emocional. A depressão, agudizada pelos acontecimentos das últimas semanas, não estará plenamente curada, mas este triunfo é claramente um primeiro passo rumo à reabilitação.

Tudo espremido dá quase nada


Numa partida anacrónica, distante dos níveis mínimos que uma competição profissional exige, o Vitória marcou o único golo no primeiro remate que fez. O marcador apontava para os 27 minutos. Até aí, apenas a Naval se preocupara com aquele pormenor que tempera o futebol: o ataque.

Bolívia ameaçara duas vezes de cabeça, Marinho num remate tímido. Tudo muito fraquinho, a apelar à tolerância e a uma paciência de Jó. O Vitória, limitadíssimo, lá marcou no tal pontapé fabuloso de Kaz e até poderia ter ampliado antes do intervalo, se o árbitro tivesse marcado grande penalidade num lance individual de Alan.

Na segunda parte ainda há menos para contar. Os anseios de Naval ficaram seriamente comprometidos com a expulsão de Carlitos e a partir daí o Vitória geriu com facilidade a vantagem. Em contra-ataque ainda atirou uma bola ao poste, num remate de Keita, e só se assustou quando Tandia surgiu em boa posição mas rematou ao lado.

Enfim, tudo espremido, fica o sublinhado da tal reabilitação psicológica do Vitória, numa cidade onde se habituou a ser feliz. Custa é saber que estas duas equipas estão no primeiro escalão nacional. Mas esta pobreza só pode surpreender os mais incautos.

A Naval acredita que é no terceiro e no quarto escalões franceses que pode encontrar o seu Santo Graal. O Vitória, lamentavelmente, teve uma pré-temporada ao nível de um qualquer clube regional. O resultado é este: deprimente.

Destaques da Naval

Marinho
Lutou muito é certo, mas, por vezes, só isso não chega. Tentou o remate de longe, tentou entrar em força por entre os defensores contrários, sofreu várias faltas, fez muitas faltas¿ Resumindo, esteve muito em jogo, mas as coisas quase nunca lhe saíram bem.

Carlitos
Uma atitude infantil colocou em cheque a possível recuperação da Naval. Quando já tinha um amarelo, cortou deliberadamente a bola com a mão num lance completamente inofensivo. Viu o segundo cartão e foi mais cedo para os balneários. Assim não há equipa que resista.

Reacções


Daniel Cruz (Naval): «Temos de vencer urgentemente»

Daniel Cruz, defesa da Naval, regressou à competição depois de ter sido afastado por Ulisses Morais das primeiras escolhas. O brasileiro parece ser uma aposta forte de Augusto Inácio e falou à comunicação social após a derrota diante do V. Setúbal.

«Temos de vencer urgentemente. Se isso não acontecer as coisas complicam. O Inácio está a motivar-nos muito. Ele suga tudo dos jogadores e estou certo que vamos todos aprender muito com ele. Está a ser muito proveitoso. Hoje falhámos na finalização e numa competição profissional isso não pode suceder. A expulsão do Carlitos também dificultou a nossa vida. São coisas que sucedem.»

Inácio viu jogadores incansáveis


«Não era o resultado que esperava. É um resultado decepcionante para o que tínhamos em mente. Mas há uma coisa que me marcou: mesmo não jogando bem, os meus jogadores entregaram-se bastante. Deram o que tinham e o que não tinham para que a sorte do jogo mudasse. Não fomos felizes e o Setúbal marcou no único remate que fez na primeira parte.».

«Não interessa se o resultado é justo ou injusto, mas é verdade que os jogadores ficaram abatidos com o resultado. Mas com a determinação e vontade de trabalhar que os jogadores mostraram, as coisas poderão melhorar no futuro. Mas que estão complicadas, isso estão».

«Esta equipa precisa trabalhar tudo. Precisa de trabalhar questões tácticas , mas não há jogador que responda bem tacticamente se não estiver bem fisicamente. Precisamos aumentar os índices físicos para que a dinâmica de jogo possa ser diferente. Temos muito trabalho pela frente e é isso que vamos tentar fazer».

Fonte: tvi24 & O Jogo

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