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Marítimo 1 - Naval 2 ( 6ª jornada)

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Nem sempre quem ataca mais ou domina vence e foi o que aconteceu nos Barreiros, neste sábado, com o Marítimo a averbar a terceira derrota consecutiva na Liga frente à Naval. Aumenta o descontentamento sobre Carlos Carvalhal que não vence desde a temporada passada. Já Augusto Inácio renovou o balão de oxigénio da Naval, com mais tempo e confiança para salvar esta equipa da despromoção.

O Marítimo apostou em ganhar e era esta a esperança dos adeptos, até pela mensagem do técnico. Mas a equipa, na primeira parte, pouco ou nada fez nesse sentido, perante uma Naval muito frágil e que se remeteu à defesa, num 3x5x2, espreitando o contra-ataque.

A posse de bola pertenceu, assim, aos locais, mas sem grande eficácia ou perigo para Peiser. Só de longe é que os madeirenses conseguiam criar algum aperto para o guarda-redes dos figueirenses, que foi defendendo os remates de João Guilherme, aos quatro minutos, e Miguelito (32).

E contra a corrente do jogo, os pupilos de Inácio chegaram ao golo aos 39 minutos, num lance de contra-ataque. Godemeche lançou Marinho na esquerda e este cruzou para o segundo poste onde surgiu sozinho Kerrouche a cabecear sem hipótese para Peçanha.

A intranquilidade aumentou nos verde-rubros que estiveram perto da igualdade aos 43 minutos, quando Djalma fez um chapéu a Peiser e viu Daniel Cruz salvar (?) a bola sobre a linha de baliza. Este lance deixou muitas dúvidas aos espectadores e a Vasco Santos que olhou para o seu auxiliar, mas este mandou jogar. Até ao intervalo nada de novo, apenas a falta de imaginação dos pupilos de Carvalhal.


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Baba empata, Kerrouche bisa

Carvalhal mexeu ao intervalo e a equipa tornou-se mais ofensiva. E através de bons cruzamentos de Paulo Jorge, João Luiz, Baba e Robson cabecearam com perigo à baliza de Peiser no espaço de cinco minutos.

A resposta dos homens da Figueira da Foz surgiu aos 58 minutos, com um potente remate de Godemeche que saiu perto do poste da baliza de Peçanha. Os madeirenses conseguiram, finalmente, dar expressão ao seu domínio no minuto seguinte, com Baba a assinar o empate após um bom cruzamento de Djalma.

Marinho, sempre ele, levou o perigo à baliza maritimista aos 62 minutos, desviando bem a bola que acabou por sair ao lado.

A partida animou e viu-se mais futebol. Mas os guarda-redes foram levando a melhor. Paulo Jorge e Djalma estiveram perto de marcar (67 e 69, respectivamente) e a resposta da Naval surgiu de novo por Kerrouche, aos 82 minutos.

Mais uma vez contra a corrente e num lance infeliz, a Naval chegou ao golo. Kerrouche soube aproveitar um bom passe de Ouattara, que ficou em jogo após um passe (corte) de Manu. Balde de água fria para os locais, que não sobreviveram à eficácia contrária.

Destaques da Naval

Kerrouche, super eficaz
Entrou para o lugar do lesionado Bolívia e não podia ter sido mais decisivo. Pouco tempo depois chegou ao golo, num bom cabeceamento. Na segunda parte, «matou» a partida, bisando. Notável eficácia deste atacante que se mostrou oportuno e deu que fazer à defesa local.

Marinho, o irrequieto
Foi seu o cruzamento para o primeiro golo de Kerrouche. Os poucos lances de perigo criados pela Naval tiveram sempre a assinatura do irrequieto Marinho, muito desapoiado na frente, mas sempre em acção e com perigoPeiser, defendeu o que podia
Foi sempre um obstáculo aos avançados do Marítimo. Peiser fez um bom conjunto de defesas e evitou o pior sempre que pôde. Foi batido sem culpas. De resto mostrou sempre muita segurança e atenção.

Peiser, defendeu o que podia
Foi sempre um obstáculo aos avançados do Marítimo. Peiser fez um bom conjunto de defesas e evitou o pior sempre que pôde. Foi batido sem culpas. De resto mostrou sempre muita segurança e atenção.

Reacções:

Inácio admite felicidade

«Pode dizer-se que é um resultado feliz. Temos muitas dificuldades. Montámos uma estratégia que, quando se ganha, diz-se que resulta. É verdade que demos muitos metros ao Marítimo para poder trocar a bola no seu meio-campo. Se jogássemos de peito aberto seria um suicídio e poderíamos ser goleados. Conhecemos bem o Marítimo e o estado que está a atravessar. Na primeira parte, fomos poucas vezes à frente e fomos felizes no golo que marcámos. Nessa altura, o adversário também não criou oportunidades, exceptuando a que Daniel tirou em cima da baliza. Disse aos jogadores que, se mantivéssemos a concentração, poderíamos ser felizes. O Marítimo empatou, mas nós, num contra-ataque rápido, fizemos o segundo golo. Pelo jogo jogado, pelo volume de jogo, pela posse de bola, o Marítimo foi melhor. Mas, em termos de entrega e eficácia, fomos nós os melhores e ganhámos um jogo difícil. Espero que a partir de agora a equipa ganhe mais confiança e jogue melhor».

[Sobre a arbitragem e os protestos no segundo golo da sua equipa]
«Existem sempre casos. Quando me levantei não foi para protestar um fora-de-jogo, pois o jogador não estava em posição irregular. O golo é limpo e era mal anulado se não fosse validado. Foi um jogador do Marítimo que atrasou a bola».

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