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Naval-V. Guimarães, 0-3 (crónica)

Os minhotos fizeram na Figueira da Foz um bom jogo de preparação para a final da Taça de Portugal, no próximo fim-de-semana.

Igual a si próprio, com futebol pouco bonito mas eficaz. Foi assim que o V. Guimarães carimbou a quinta posição final nesta edição da Liga à custa de um resultado volumoso na Figueira da Foz. Os três golos sem resposta disfarçam as dificuldades pelas quais os homens de Manuel Machado durante a primeira parte, período em que ainda chegaram a cair para o sétimo lugar, durante cerca de dez minutos.

A Naval, despromovida desde a semana passada, teve brio, atitude e vontade, mas voltou a não ser eficaz na hora de atirar à baliza. É verdade que as ocasiões não foram das mais flagrantes, mas foram quase sempre os figueirenses a estar por cima na meia hora inicial, muito graças às arrancadas de Simplício e à visão de jogo de Giuliano. O problema para a Naval foi quando apareceu Jorge Ribeiro; o médio já estava a ser um elemento preponderante no meio-campo, mas depois decidiu assumir o papel de decisor.

Primeiro, à passagem da meia hora, recebe um passe de Anderson e faz um golaço num remate sem preparação a uns bons 25 metros da baliza; depois, concluiu uma jogada de contra-ataque bem gizada a aproveitar um mau posicionamento da defesa figueirense. Assim, em sete minutos, o V. Guimarães resolvia um problema que podia ter sido bem bicudo, recuperando o tal quinto lugar que estivera em risco pelas vitórias do Nacional e do P. Ferreira.

Mais um golo, mesmo com a cabeça no Jamor

A perder por dois golos, cabia à Naval ripostar. Mais uma vez não se pode acusar os pupilos de Mozer de não terem feito o que podiam, mas nem sempre a sorte os acompanhou. Para os visitantes era altura de deixar o tempo correr e foi o próprio Manuel Machado a dar a ideia de já estar a pensar na final da Taça de Portugal, retirando de campo Jorge Ribeiro, Toscano e Faouzi. E quando houve apertos, Nilson, Freire e João Paulo estiveram sempre lá. Mesmo assim, o Vitória ainda conseguiu dar contornos de goleada a esta consagração do 5º lugar, graças ao terceiro golo apontado por Edgar. O melhor marcador da equipa parece ter querido deixar uma mensagem ao treinador de que pode contar com ele para o Jamor, já que esta capacidade concretizadora não é de desaproveitar.

Feitas as contas, a Naval acaba com mais posse de bola, mais remates e até mais oportunidades, embora menos flagrantes. Mas são os minhotos a terminar o campeonato com um triunfo bem gordo, à custa de uma equipa com um plantel suficiente para alcançar a permanência, mas muito tenrinha e que se despede da Liga com quatro derrotas. Um claro sinal de que o toque de Mozer na equipa já não era o de Midas como há uns meses. 

 

Fonte: Mais Futebol 

 

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