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Naval-Nacional, 1-2 (crónica)

Insulares abrem portas da Liga Europa, Naval quase condenada.


Está a ser mau o aniversário da Naval, mas pode ser ainda pior. No dia em que completam 118 anos- aqui o uso do verbo comemorar seria excessivo dadas as circunstâncias- os figueirenses não fizeram a sua parte e perderem em casa com o Nacional por 2-1 e ficam agora à mercê da descida já hoje. Porém, para que o inevitável se consume já hoje será necessário que o Olhanense pontue com o Benfica e o Setúbal ganhe ao FC Porto. Já o Nacional, e perante o empate do Rio Ave e a não inscrição do Paços de Ferreira nas competições europeias, fica com tudo para chegar à Liga Europa, tendo inclusive ultrapassado o Guimarães na quinta posição.

A partida começou com pouco risco de parte a parte. A fase de estudo foi cautelosa e ambos os conjuntos apostaram mais em jogar no erro alheio. Mais nervosa e pressionada, a Naval foi a primeira a errar, proporcionando ao Nacional as primeiras duas situações, uma resolvida por Salin e outra por Camora. A reacção dos da casa foi voluntariosa, mas pouco prática, embora tenha pertencido a Marinho a melhor situação antes do primeiro golo.

Esse golo viria a surgir mais ou menos a meio da primeira parte, através de um passe rasgado de Mateus, que isolou Diego Barcellos; este, apesar da posição duvidosa, contornou Salin e abriu o activo. E passado pouco tempo, os insulares aumentaram e tal como no primeiro golo, numa jogada em que a Naval voltou a ser surpreendida pela defesa demasiado subida; Diego Barcellos (novamente ele), pouco ligou a isso, entrou na área e esperou que Rogério Conceição fizesse a asneira de o derrubar, num lance infantil. Claudemir, com grande tranquilidade, converteu o castigo máximo e parecia resolver o jogo.

E essa sensação de jogo resolvido durou nos dez minutos seguintes, pois a Naval, a perder por dois golos, não parecia ter método nem organização para dar a volta. Por isso mesmo, foi com alguma surpresa que os visitados reduziram, numa jogada que começa num ressalto e é toda ela assinada por Edivaldo, que bateu Bracalli num remate cruzado, devolvendo a esperança aos figueirenses.

Renascidos, mas pouco

Na segunda parte esperava-se uma Naval renascida, o que aconteceu. Desesperados por darem a volta e ainda somarem pontos que devolvessem a esperança, os navalistas reentraram Bruno Moraes e João Pedro no jogo, sendo que o impacto do extremo foi maior, tal a quantidade de cruzamentos que saíram do lado direito. E se até certa altura o Nacional denotou dificuldades para suster a nova dinâmica da Naval, há que salientar que raramente Bracalli foi posto à prova, já que Danielson e Felipe Lopes foram resolvendo os problemas aéreos que iam aparecendo. E se a isto juntarmos o nulo aproveitamento da Naval da dezena de cantos que teve fica explicada a incapacidade para os figueirenses lograrem a recuperação.

Perante isto, Ivo Pereira fez apenas duas alterações numa equipa tranquila e segura de que estava a caminhar para a conquista de três pontos fundamentais na luta europeia, o que veio a acontecer, com inteira justiça.


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