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Naval 3 - Rio Ave 2 ( 7ª jornada)



Ficha do Jogo:

Jogo no Estádio Municipal José Bento Pessoa, na Figueira da Foz.

Naval 1.º de Maio - Rio Ave, 3-2.

Ao intervalo: 1-1.

Marcadores:

0-1, Wires, 36 minutos (grande penalidade).

1-1, Diego, 39 (grande penalidade).

2-1, Kerrouche, 55.

2-2, Sidney, 63.

3-2, Kerrouche, 84.

Equipas:

- Naval 1.º de Maio: Peiser, Zé Mário (Carlitos, 46), Gómis, Diego, Daniel Cruz, Lazaroni, Godemèche (Michel Simplício, 72), Alex Hauw (Baradji, 66), Camora, Kerrouche e Marinho.

(Suplentes: Jorge Batista, Carlitos, Michel Simplício, Davide, Ouattará, Baradji e Tandia).

- Rio Ave: Carlos, José Gomes, Gaspar, Fábio Faria, Sílvio, André Vilas Boas, Wires (Adriano, 59), Ricardo Chaves (Vítor Gomes, 59), Bruno Gama, Sidney e João Tomás (Bruno Fogaça, 69).

(Suplentes: Trigueira, Evandro, Vítor Gomes, Bruno Fogaça, Chidi, Adriano e Bruno Mendes).

Árbitro: Luís Reforço (Setúbal).

Acção disciplinar: Cartão amarelo para Zé Mário (36), Wires (37), Vítor Gomes (60), Sílvio (72), Carlitos (77), André Vilas Boas (84), Adriano (90+1) e Lazaroni (90+4).

Assistência: 1.137 Espectadores.

Filme do jogo

Segue de vento em poupa a Naval de Augusto Inácio. Ao fim de terceiro jogo, a segunda vitória consecutiva, graças a mais um bis de Kerrouche, que se assume como o grandes responsável pela recuperação dos figueirenses. No reverso da medalha, fica a primeira derrota do Rio Ave na Liga, que, só neste encontro, sofreu mais golos do que nos seis anteriores.

Quando se juntam num mesmo jogo o segundo pior ataque e a melhor defesa da Liga, o resultado parece pender para um empate. E era até um nulo que se verificava que até que Luís Reforço entendeu que, se calhar, faltavam golos à partida para despertar um pouco aquilo que estava a ser, efectivamente, uma primeira parte sonolenta. Se já Zeca Afonso cantava «O que faz falta¿», o árbitro de Setúbal completou a frase e decidiu «animar a malta».

A primeira grande penalidade, a favor dos visitantes, numa altura em que pouco haviam feito para justificar a vantagem já levantou dúvidas, mas a que foi assinalada, logo a seguir, para a Naval foi ainda mais nebulosa, ficando a sensação que Daniel Cruz falhou o remate de bicicleta sem que para isso tenha sido empurrado.

De qualquer forma, o 1-1 trouxe alguma justiça ao resultado, pese o maior ascendente da equipa da casa, com destaque para as acções de Kerrouche. A defesa vila-condense mostrou por que razão tem tão poucos golos sofridos e os figueirenses, ainda à procura das melhores rotinas no ataque, não estavam mesmo a conseguir encontrar o caminho das redes.

Kerrouche abre o livro e Peiser compromete

A segunda parte foi um pouco melhor e, desta vez, os golos nasceram por mérito exclusivo dos jogadores. O de Kerrouche é um exemplo daquilo que este franco-argelino pode fazer esta época, mostrando, definitivamente, tratar-se dum daqueles raros goleadores que todas as equipas procuram. Com um instinto assinalável, colocou a Naval na frente do marcador pela primeira vez no jogo e, na jogada seguinte, num lance quase idêntico, atirou ao poste.

Estava definitivamente lançada a equipa da casa para a segunda vitória consecutiva não fosse um erro de Peiser, ele que habitualmente costuma ser um relógio. O francês já tinha assustado numa saída extemporânea mas desta feita o erro de cálculo do guardião navalista teve consequências mais graves: Sidnei aproveitou a benesse e restabeleceu o empate.

Mas a Naval tinha um franco-atirador em mais uma tarde de inspiração. Tal como aconteceu com o Marítimo, Kerrouche voltou a bisar e a dar a vitória aos figueirenses. O golo, diga-se, parece precedido de fora-de-jogo, o que, a confirmar-se, não deixa dúvidas para a tarde infeliz de Luís Reforço.

Destaques da Naval
Kerrouche

Grande mobilidade e sentido de baliza a deste franco-argelino candidato a fazer esquecer os golos de Marcelinho. Joga simples e sempre com grande sentido prático, movimenta-se com rapidez e sabe posicionar-se de modo a conseguir fugir à marcação de defesas enormes em comparação com sua estatura. A prova disto tudo ficou no primeiro golo que marcou - o terceiro em quatro jogos - , com um golpe de cabeça perfeito, num lance em que apareceu sozinho, a finalizar. Logo de seguida, numa jogada muito parecida, atirou ao poste e quase sentenciou a partida. Foi só esperar um pouco e aconteceu mesmo. Bisou outra vez! E já lá vão quatro golos nos últimos dois encontros. Os números desta partida, em particular, não enganam: seis remates, apenas um fora, dois golos e um tiro ao poste. Mais um levezinho que promete .

Peiser

Não raras vezes um dos melhores elementos nos jogos da Naval, o guardião francês teve uma daquelas tarde para esquecer. Deixou os colegas à beira de um ataque de nervos com uma saída em falso, que quase lhe custou um golo de chapéu mas o erro voltaria a repetir-se, já na segunda parte, permitindo a Sidnei empatar a partida. Felizmente, havia Kerrouche.

Marinho

Completa na perfeição o colega Kerrouche e dos seus pés também saíram alguns dos principais lances de ataque da equipa da casa. Andava pelo banco com Ulisses, em boa hora o recuperou Augusto Inácio, que o coloca agora mais no centro do ataque onde vai mostrando que também sabe dar cartas.

Reacções

Inácio: “A Naval ganhou não pela minha mão, mas pela mão de todos”

O treinador da Naval, Augusto Inácio, adiantou no final da partida frente ao Rio Ave que a vitória se deveu à grande entreajuda entre os jogadores, que fizeram uma excelente partida.

“A Naval ganhou não pela minha mão, mas pela mão de todos. Foi um grande espectáculo de futebol. O Rio Ave é uma grande equipa e muito bem orientada. Ficou provado que a entrega e entreajuda também marcam pontos”, referiu.

Kerrouche: «Maior confiança»

Na Figueira da Foz, Kerrouche já é sinónimo de golos. O avançado franco-argelino, último reforço da equipa navalista, bisou frente ao Rio Ave, repetindo a dose ministrada nos Barreiros na última jornada. E, no final, o jogador não escondia a sua satisfação pelo sucesso: "Este triunfo vem na sequência da vitória na Madeira e traz maior confiança à equipa. Foram três pontos preciosos frente a uma bela equipa."

Kerrouche, que contribuiu para as duas vitórias consecutivas da Naval no campeonato, recusa, no entanto, qualquer sentimento de euforia, mas lá vai dizendo que, não sendo candidato a melhor marcador da Liga, fará o possível "para alcançar outras metas".

O franco-argelino lembrou ainda que não foi a primeira vez que marcou quatro golos em dois jogos seguidos, "mas, neste caso, o mais importante foi a vitória e não o destaque individual".

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