
Ao nosso Jornal Aprígio Santos fez um ligeiro balanço do
passado recente do clube. O futuro, defendeu o responsável, deve ser discutido
pela sociedade figueirense.
“A Naval não está bem e esta é a prova de que o dinheiro não
faz tudo. Eu próprio tenho culpas porque não tenho tempo para a equipa (de
futebol profissional), o meu trabalho nas empresas exige muito de mim. Fizemos
uma péssima época”, disse Aprígio Santos adiantando que “no fim do campeonato
irei falar sobre a Naval e o que vai ser de futuro”.
Ciente de que a Naval é mais do que futebol, o dirigente
desportivo sublinhou que “no global algo tem de mudar ou a Naval mudar-se. Os
tempos de crise são o que são, mas também não vejo a cidade a ajudar a
sustentar aquilo que tem. E estas coisas tornam-se difíceis para um homem só”.
No entanto, reconhece que “faz todo o sentido falar da Naval sem mim porque a
Naval não começa e termina em mim. Até porque quando não tenho tempo, diga-se o
que se disser, a Naval treme. Quando não estou as coisas não são bem iguais,
tem de haver alguém comigo que tome essa responsabilidade e eu, sinceramente,
não vejo o futebol da mesma forma que via há 10 ou 5 anos atrás. A minha paixão
mudou, está noutros sítios e o futebol penso que tem de ser repensado”.
Nesta linha, considerou a O Figueirense que “a Naval tem de
se discutida porque hoje a SAD sou praticamente eu. Mas a associação não deixa
de prestar um serviço à cidade que se não repensar este problema, vai ter um
outro para resolver, porque eu não vou continuar desta maneira. Isto é ponto
assente”.
Recusando-se a comentar o recente anúncio de construção de
um campo de futebol (para treinos) de piso sintético, Aprígio Santos não poupou
críticas e afirmou que “esta cidade e esta Câmara, que não é melhor do que as
outras, desligaram-se totalmente das suas responsabilidades quanto ao desporto,
que faz parte da cidadania. Acho que este assunto tem de ser repensado e
falado. E não falo só de futebol, porque o desporto é muito mais”.
Fonte: O Figueirense
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