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Dívidas do clube geram penhoras à autarquia

Verbas em atraso em protocolos

A autarquia da Figueira da Foz foi alvo de 10 execuções de penhoras, por parte de credores da Naval, sobre verbas em atraso em protocolos celebrados com o clube, disse esta quinta-feira fonte camarária.
Em causa estão protocolos celebrados entre o clube da Liga Zon Sagres e o município, relativos a apoios às classes de formação da Naval, que totalizam cerca de 300 mil euros.
No entanto, a autarquia alega que as verbas em atraso, desde 2007, no âmbito dos protocolos, destinam-se às atividades desportivas e não podem ser utilizadas para pagar dívidas.
"No entender da Câmara Municipal, as obrigações a que as partes estão sujeitas não configuram verdadeiros créditos, nem exigíveis judicialmente", disse fonte da autarquia.
De acordo com a mesma fonte, a Câmara Municipal recebeu 10 execuções de penhoras "de centenas de milhares de euros", colocadas por credores da Naval, entre os quais ex-jogadores do clube.
"Queriam vir buscar dinheiro à Câmara, mas os protocolos estão afetos a fins de utilidade pública, não são verdadeiros créditos", reafirmou.
Um dos credores que oficiou a Câmara Municipal foi o ex-jogador Gilmar, que reclama da Naval o pagamento de uma dívida de 60 mil euros e entregou em tribunal, sexta-feira, um pedido de insolvência, ainda não decretado, da agremiação desportiva.
"Temos um ofício da Câmara a dizer que não tem créditos à Naval", sustentou Gonçalo Ribeiro, advogado do médio brasileiro que representou a Naval entre 2005 e 2009.
O jogador avançou para tribunal ao constatar que o clube da Figueira da Foz, que conta 118 anos de existência, "está em situação de insolvência", disse o causídico.
"Não tem qualquer património, só tem dívidas, bens penhorados, até os barcos de remo estão penhorados", frisou Gonçalo Ribeiro.
A Naval alega desconhecer o pedido de insolvência, afirmando que ainda não foi notificada, disse, por seu turno, Nuno Mateus, assessor jurídico do clube.
"Não tenho conhecimento de qualquer pedido de insolvência", afirmou, recusando mais comentários sobre a situação.

Fonte: Record

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