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Campo sintético “será uma realidade” – garante autarca João Ataíde

NAVAL: Direcção e treinador defendem melhor aproveitamento dos juniores

Armando Guindeira e Luís Carvalho garantem que no plantel de juniores da Naval existem bons valores que podem, num futuro muito próximo, integrar a equipa principal de futebol do clube.
O director da Formação e o treinador acreditam que “agora” estão reunidas as condições para que se aproveite melhor o «produto» de formação local.
Aos bons resultados obtidos pelos juniores no campeonato nacional soma-se uma novidade há muito esperada: a construção de um campo de futebol de piso sintético.

Pela primeira vez na história da centenária associação, os juniores da Naval 1.º irão disputar a fase final do Campeonato Nacional da I Divisão. A equipa da Figueira da Foz, treinada por Luís Carvalho, depois de vencer o Belenenses por 2-1 em Janeiro passado, irá discutir o troféu com as congéneres do Futebol Clube do Porto, Vitória de Guimarães, Braga e Gondomar (zona norte) e Sporting, Benfica e União de Leiria.
Este marco histórico na vida dos juniores da Naval foi já assinalado, sábado passado, no decurso de um jantar que contou com a presença dos jogadores, equipa técnica e directiva, presidente e vereador (Desporto) da Câmara Municipal da Figueira da Foz.

Atletas desperdiçados
Presentemente a equipa principal da Naval 1.º de Maio conta nas suas fileiras com apenas um jogador oriundo das camadas de formação do clube. “As pessoas teimam em ir buscar jogadores de fora, não dando tempo aos nossos juniores para crescer”, refere a propósito Luís Carvalho lamentando que esta aposta tenha feito, nos últimos anos, com que “estes atletas acabem por deixar de praticar desporto, perdendo-se bons valores do futebol nacional”.
Numa tentativa de inverter este ciclo, o técnico espera poder contribuir este ano com alguns atletas.
Olhando para o universo desportivo em que se insere, Luís Carvalho explica que os juniores da Naval, ao contrário de outros, jogam por amor à camisola, não ganhando qualquer tipo de retribuição monetária.

Falhas de comunicação
Esta visão é, também, partilhada por Armando Guindeira, director do departamento de Futebol de Formação da Naval 1.º de Maio.
“Tem havido uma falha na interligação entre os juvenis e os seniores”, salienta o técnico com esperança num novo rumo assente na “boa abertura por parte do presidente Aprígio Santos” e até do treinador Carlos Mozer.
“Estou convencido que de vamos ultrapassar rapidamente esta situação”, sublinha o responsável.
Os bons resultados desportivos obtidos poderiam ainda assim ser diferentes, acredita Armando Guindeira, se aos juniores fossem dadas outras condições de treino. Uma delas, um campo sintético, em vez do actual, de areia.
O escalão de juniores paga cerca de dois mil euros mensais (entre aluguer de campos, despesas com viaturas, treinadores e seccionistas) para manter em plena actividade o plantel que disputa jogos de norte a sul do país, incluindo Açores e Madeira.
Cerca de 1.800 euros é o orçamento respeitante à fase final do Campeonato em jogo.

Um novo sintético
As preocupações do director da Formação e do treinador ficaram minimizadas pela garantia deixada pelo presidente da Câmara da Figueira: em Janeiro passado foi candidatada a construção de um campo sintético (uma obra a ser construída no actual campo de treinos). O projecto, orçado em cerca de 480 mil euros, poderá contar com um financiamento até 80% do valor.
“Esta é uma obra fundamental e uma infra-estrutura necessária para esta modalidade desportiva. A Câmara mostra um sinal inequívoco de apoio a uma modalidade desportiva que movimenta cerca de 300 jovens”, garante João Ataíde para quem “é dever da autarquia apoiar o desporto de formação”.

Naval Kids - o garante do futuro desportivo
Assumindo-se como uma frente de apoio ao fomento da prática do futebol concelhio junto das camadas mais jovens da população, a centenária associação Naval 1.º de Maio tem procurado dar uma especial atenção ao capítulo da formação.
Muito mais do que um «mero» projecto desportivo, a aposta pretende ser um complemento cívico à vida dos jovens futebolistas.
O projecto Escola Naval Kids – iniciado em Setembro de 2010 e integrando actualmente 65 jovens entre os 4 e os 10 anos – conta com o apoio técnico de Rui Murta, Pedro Simões (coordenador técnico), Pedro Henriques e Gonçalo Gomes.
Entre outros eventos, os jovens atletas (em vários escalões) participaram na 1ª jornada do Torneio de Futebol organizado pela Associação Portuguesa de Escolas de Futebol, 2.ª jornada do Grupo 3 do Torneio de Escolas de Futebol (não federadas) e Liga “Brincando ao Futebol 2010-2011”. 

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